Há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, uma nuvem de gás e poeira, formada na sua maioria por hidrogênio e hélio foi perturbada por uma onda de choque de uma supernova próxima e colapsa sobre a influência de sua própria gravidade (figura 1a). Assim começa a nascer o sistema solar. A medida que isso ocorre, seu centro é comprimido e sua temperatura e taxa de rotação aumenta (figura 1b). Lentamente forma-se no centro da nuvem o que se chama de proto-estrela, o início do Sol (Figura 1c).
Dezenas
de milhões de anos depois, no disco de poeira que se forma em torno
do protossol, partículas de rocha e gelo colidem, dando origem a
formação de “miniplanetas” ou planetesimais (figura 1d).
Figura
1. A Formação do Sol primordial e dos planetesimais. Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/introducao.htm
Na parte interna do disco, partículas rochosas colidem
e crescem, dando início aos planetas telúricos ou internos,
formados principalmente por rochas e materiais mais densos. Externamente as partículas de poeira, gelo e gás se chocam, formando
os planetas jovianos (ou externos, formados principalmente por gases
e materiais menos densos.
Passada mais algumas centenas de milhões de anos, o
protossol torna-se cada vez mais quente e inicia a fusão nuclear
(Figura 2).
Figura 2: O início do processo de
fusão nuclear e a geração de energia luminosa pelo jovem Sol.
Inicialmente Hidrogênio é transformado em Hélio, gerando energia no
processo. Parte desta energia escapa da estrela na forma de fótons.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Protoplanetary_disk.jpg
Nesse período, os planetas jovianos crescem
acrescentando gás do disco externo e os telúricos se esquentam,
começando assim a diferenciação química entre os dois tipos de
planeta. Por fim, passados aproximadamente 100.000 anos, o Sol varre com seu vento solar o gás e a poeira restantes
deixando o sistema assim como nós o conhecemos hoje (Figura 1e).
Agora
pense: o maior corpo celeste depois do Sol em nosso sistema é o
planeta Júpiter. E se ele tivesse adquirido massa suficiente para se
tornar uma estrela, o que aconteceria no sistema solar? Bem,
primeiramente teríamos um sistema binário, com duas estrelas
orbitando o seu centro de massa comum. Segundo, Júpiter deveria ter
adquirido 80 vezes a sua massa para se tornar uma estrela, isso –
ainda – na chamada nebulosa solar. Isso acarretaria, como
consequência, uma menor disponibilidade de massa para a formação
dos planetas, ou seja, os planetas não seriam iguais aos que
conhecemos hoje. Assim as condições de vida que foram necessárias
para o aparecimento da vida talvez nunca ocorressem e por fim
poderíamos não estar aqui para deduzir toda essa história!
Na literatura especializada:
Na literatura especializada:
http://tinyurl.com/8h8qsth
Acadêmica: Laura Amaral