domingo, 30 de setembro de 2012

O sistema Solar



Há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, uma nuvem de gás e poeira, formada na sua maioria por hidrogênio e hélio foi perturbada por uma onda de choque de uma supernova próxima e colapsa sobre a influência de sua própria gravidade (figura 1a). Assim começa a nascer o sistema solar. A medida que isso ocorre, seu centro é comprimido e sua temperatura e taxa de rotação aumenta (figura 1b). Lentamente forma-se no centro da nuvem o que se chama de proto-estrela, o início do Sol (Figura 1c).
Dezenas de milhões de anos depois, no disco de poeira que se forma em torno do protossol, partículas de rocha e gelo colidem, dando origem a formação de “miniplanetas” ou planetesimais (figura 1d).

 
Figura 1. A Formação do Sol primordial e dos planetesimais. Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/introducao.htm

Na parte interna do disco, partículas rochosas colidem e crescem, dando início aos planetas telúricos ou internos, formados principalmente por rochas e materiais mais densos. Externamente as partículas de poeira, gelo e gás se chocam, formando os planetas jovianos (ou externos, formados principalmente por gases e materiais menos densos.
Passada mais algumas centenas de milhões de anos, o protossol torna-se cada vez mais quente e inicia a fusão nuclear (Figura 2).

 
Figura 2: O início do processo de fusão nuclear e a geração de energia luminosa  pelo jovem Sol. Inicialmente Hidrogênio é transformado em Hélio, gerando energia no processo. Parte desta energia escapa da estrela na forma de fótons. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Protoplanetary_disk.jpg
 
Nesse período, os planetas jovianos crescem acrescentando gás do disco externo e os telúricos se esquentam, começando assim a diferenciação química entre os dois tipos de planeta. Por fim, passados aproximadamente 100.000 anos, o Sol varre com seu vento solar o gás e a poeira restantes deixando o sistema assim como nós o conhecemos hoje (Figura 1e).
Agora pense: o maior corpo celeste depois do Sol em nosso sistema é o planeta Júpiter. E se ele tivesse adquirido massa suficiente para se tornar uma estrela, o que aconteceria no sistema solar? Bem, primeiramente teríamos um sistema binário, com duas estrelas orbitando o seu centro de massa comum. Segundo, Júpiter deveria ter adquirido 80 vezes a sua massa para se tornar uma estrela, isso – ainda – na chamada nebulosa solar. Isso acarretaria, como consequência, uma menor disponibilidade de massa para a formação dos planetas, ou seja, os planetas não seriam iguais aos que conhecemos hoje. Assim as condições de vida que foram necessárias para o aparecimento da vida talvez nunca ocorressem e por fim poderíamos não estar aqui para deduzir toda essa história!

Na literatura especializada: 
http://tinyurl.com/8h8qsth


         Acadêmica: Laura Amaral

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O Telescópio Espacial Chandra da NASA: Observando o Universo em Raios-X

 Chandra é um telescópio espacial (figura 1) fabricado pela NASA, que foi lançado no dia 23 de julho de 1999, pelo vôo do ônibus espacial Columbia. Chandra é um dos quatros telescópios espaciais mais potentes da NASA, os outros são Compton, Spitzer e o mais conhecido Hubble (Cada um designado à medir diferentes partes do espectro eletromagnético). O telescópio Chandra recebeu esse nome em homenagem a um grande astrofísico Subrahmanyan Chandrasekhar, que ficou conhyecido por determinar o máximo de massa em anãs brancas.

O Chandra conta com 2 instrumentos responsáveis pelo plano focal. O Advanced CCD Imaging Spectrometer (ACIS) conta com 10 sensores CCD's que registram as imagens e espectros do corpo; e o HRC (câmera de alta resolução).


Uma vez que a maioria dos raios-x são absorvidos pela atmosfera terrestre e não detectáveis por telescópios em solo, se faz necessário um telescópio com este fim no espaço.
 figura 1: Crédito da imagm: harvad. edu


 Chandra usa quatro pares de espelhos chamados de HRMA (montagem de espelhos de alta resolução) que são postos juntos por uma estrutura. Esse sistema consegue capturar de 80 a 95% de toda a energia de raio-x focada em um círculo de 1 arcsegundo.

Recentemente em 2006 Chandra registrou raios-x, anéis e filamentos a volta de um buraco negro supermassivo que, sendo na Messier 87, implica a presença de ondas de pressão e ondas sonoras. Este fato pode mudar drasticamente o que já era determinado para a evolução da M87.

 Observações feitas no algomerado Bullet estabelece limites nas sessões já conhecidas de alto interação da matéria negra.

Inicialmente o telescópio espacial Chandra tinha uma expectativa de vida de 5 anos porém, em 4 de setembro de 2001 a NASA, baseada em sua ótima performace, estendeu seu tempo para 10 anos. Fisicamente Chandra poderia durar pelo menos 15 anos. Em junho de 2008 o observatório internacional de raio-x se juntou em um projeto entre a ESA, NASA e JAXA, que propôs o próximo telescópio de raio-x, porém já cancelado. Seu lançamento é esperado para 2020.




Referências:


http://www.nasa.gov/mission_pages/chandra/main/index.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Chandra_X-ray_Observatory
http://www.bbc.co.uk/science/space/universe/exploration/chandra_x-ray_observatory


Referências Profissionais:

http://adsabs.harvard.edu/cgi-bin/nph-abs_connect?db_key=AST&db_key=PRE&qform=AST&arxiv_sel=astro-ph&arxiv_sel=cond-mat&arxiv_sel=cs&arxiv_sel=gr-qc&arxiv_sel=hep-ex&arxiv_sel=hep-lat&arxiv_sel=hep-ph&arxiv_sel=hep-th&arxiv_sel=math&arxiv_sel=math-ph&arxiv_sel=nlin&arxiv_sel=nucl-ex&arxiv_sel=nucl-th&arxiv_sel=physics&arxiv_sel=quant-ph&arxiv_sel=q-bio&sim_query=YES&ned_query=YES&adsobj_query=YES&aut_logic=OR&obj_logic=OR&author=&object=&start_mon=&start_year=&end_mon=&end_year=&ttl_logic=OR&title=&txt_logic=OR&text=telescope+chandra%0D%0A&nr_to_return=200&start_nr=1&jou_pick=ALL&ref_stems=&data_and=ALL&group_and=ALL&start_entry_day=&start_entry_mon=&start_entry_year=&end_entry_day=&end_entry_mon=&end_entry_year=&min_score=&sort=SCORE&data_type=SHORT&aut_syn=YES&ttl_syn=YES&txt_syn=YES&aut_wt=1.0&obj_wt=1.0&ttl_wt=0.3&txt_wt=3.0&aut_wgt=YES&obj_wgt=YES&ttl_wgt=YES&txt_wgt=YES&ttl_sco=YES&txt_sco=YES&version=1