segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Nebulosa do Caranguejo e a Supernova SN 1050


A Crab Nebula ou Nebulosa do Caranguejo é uma Remanescente de supernova, ou seja, um envoltório de gás que se afasta muito rapidamente do núcleo estelar, resultante de uma violenta explosão de uma supernova. Catalogada como NGC 1932 ou M1 (Messier 1), está situada na constelação de Taurus e dista cerca de 6300 anos-luz da terra, também possui aproximadamente 11 anos-luz de diâmetro (3.4 pc) e 8.3 de magnitude.
Esta foi observada pela primeira vez por John Bevis em 1731, sendo ela uma remanescente da supernova SN 1050, como foi dito anteriormente, a Crab Nebula foi o que resultou da explosão da supernova SN 1050. A imagem Heart of the Crab Nebula (O Coração da nebulosa do caranguejo) foi registrada pelo telescópio espacial Hubble em junho de 2000. Esta nebulosa foi batizada assim devido a um desenho feito por Lord Rosse por volta de 1884. Devido a registros da época ela foi visível durante 23 dias e 653 noites a olho nu no céu. Vale ressaltar que esta nebulosa foi o primeiro objeto astronômico identificado como uma explosão de uma supernova histórica.


Na Literatura Especializada:

http://adsabs.harvard.edu/abs/2008AJ....136.2152M


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

NGC 2074: Um aglomerado jovem na Grande Nuvem de Magalhães


Recentemente o Telescópio Espacial Hubble fotografou o aglomerado NGC 2074. Trata-se de uma associação de estrelas jovens e de alta massa na Grande Nuvem de Magalhães. Segundo Elson & Fall (1988), este aglomerado tem uma idade de t ~ 6 x 10^6 anos. Ainda segundo este artigo, o módulo de distância deste aglomerado é de (m - M) = 18.6 e portanto a distãncia até o aglomerado é de 5,25 x 10^4 parsecs ou 53 Kpc. Em kilometros, temos d = 1,63 x 10^18 Km.

A foto mostra diversas estrelas jovens ainda muito próximas das nuvens que as originaram. Em alguns casos, podem ser vistas as "bolhas" geradas pelo potente vento estelar das estrelas jovens.

Na literatura especializada:

http://adsabs.harvard.edu/abs/1988AJ.....96.1383E





terça-feira, 25 de novembro de 2008

Estrelas de Alta Massa: Evolução Acelerada


Estrelas de alta (M > 4 M_sol) possuem marcadas diferenças quando comparadas a estrelas de baixa massa. Em primeiro lugar, ambas passam boa parte de suas vidas na chamada sequência principal, caracterizada pela transformação de hidrogênio em hélio. Estrelas de alta massa não apresentam o flash do hélio (o início repentino da queima do hélio) e a sua consequente contração.

As temperaturas no interior de uma estrela de alta massa alcançam T = 2 x 10^7 K. O mecanismo principal para a queima do hidrogênio nestas estrelas é o ciclo CNO. Estrelas de alta massa vivem comparativamente menos do que suas correspondentes de baixa massa, devido à exaustão mais rápida do combustível nuclear. Muitas explodem como super-novas do tipo II e dois estados finais são possíveis: estrela de nêutron ou um buraco negro. No primeiro caso, o final é uma estrela tão densa que um único centímetro cúbico de uma estrela de nêutrons possui tanta massa quanto toda a humanidade ou M = 4.9 x 10 ^ 11 Kg (assumindo que a humanidade tem 7 bilhões de indivíduos com 70 kg cada um). No segundo caso, o fim é uma estrela tão pesada, que gera um campo gravitacional gigantesco, do qual nem a luz pode escapar.

Nota importante: crédito da imagem: Brooks/Cole Thomson Learning.

Na literatura especializada:

http://adsabs.harvard.edu/abs/2008ApJ...685.1005Q


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Galáxias Starburst: M82 e o seu par M81


Localizada a uma distância de 12 milhões de anos luz de distância, a galáxia M82 e o seu par M81 são duas galáxias irregulares que estão formando estrelas em taxas muito elevadas e diversos aglomerados de estrelas foram descobertos pelo Telescópio Espacial Hubble. Este par está interagindo gravitacionalmente e acredita-se que a formação estelar seja facilitada pela compressão do gás devido à interação. Muitos outros pares que interagem gravitacionalmente também abrigam regiões com alta formação estelar. Observam-se em M82 extensas regiões com poeira estelar, denunciadas por manchas negras, com ausência de estrelas em suas imagens óticas. A poeira que muitas vezes cerca as estrelas jovens e quentes é aquecida por estas estrelas e o calor da poeria aquecida pode ser detectado no infra-vermelho. De fato, grande parte da luminosidade desta galáxia é emitida no infra-vermelho.

Na literatura especializada:

http://adsabs.harvard.edu/cgi-bin/bib_query?2007ApJ...663..866D

Nota importante: Crédito da imagem: NASA Hubble Space Telescope/ STScI. WFPC2.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Explosões no Cosmos: O caso de Cassopéia A



Cassiopéia A é o remanescente de uma super-nova, na costelação de Cassiopéia. As fotos do Telescópio Espacial Hubble (http://hubblesite.org/gallery/tours/tour-cassiopeiaa/) mostram variados tons das cores azul, verde e vermelho. Diferentes cores indicam a presença de diferentes elementos químicos presentes no material deixado pela super-nova. Estes elementos foram sintetizados no interior da estrela e graças à explosão, podem ser visualizados fora da estrela. Futuras gerações de estrelas serão formadas a partir deste material quimicamente enriquecido. Desta forma, pode-se dizer que super-novas contribuem para o aumento da metalicidade da galáxia hospedeira, ou da região que ela ocupa. Super Novas são o estado final de estrelas com massa igual ou superior a 4 massas solares.

Na literatura especializada:

http://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/312521