Nebulosas são objetos de muitas formas e tamanhos, que são constituídas de nuvens de poeira, gás e plasma e muitas vezes se localizam no interior das galáxias. A observação destes objetos depende do local de onde preendemos observá-las. Locais com muita poluição luminosa são desfavoráveis para estas e outras observações astronômicas. O olho humano tambẽm não consegue capturar imagens destes e outros objetos astronômicos. Por isto pode-se utilizar lunetas e telescópios com câmeras que nos permitem registrar objetos praticamente invisíveis a olho nú.
No hemisfério sul, no inverno, é possível localizar a nebulosa de Órion como uma mancha difusa na região entre as "Três Marias" (o Cinturão de Órion) e as estrelas Rigel e Saiph.
Uma das características das nebulosas é a presença de linhas de emissão em seus espectros (sua luz decomposta em comprimentos de onda). A presença destas linhas se explica devido à luz emitida pelo gás (composto basicamente de Hidrogênio) quando é estimulado pela radiação das estrelas jovens e quentes. As estelas emitem fótons altamente energéticos que são eventualmente capturados por átomos de Hidrogênio que se excitam no processo. Os átomos excitados atingem estados metaestáveis e mais energéticos e posteriormente emitem novamente estes fótons ao passarem de estados mais energéticos para estados menos energéticos. A nebulosa de Órion (Figura 1) é um tipo de nebulosa de emissão onde este processo de absorção e re-emissão de fótons está presente.
A nebulosa M42, mais conhecida como nebulosa de Órion, é uma das mais brilhantes e também uma das mais estudadas por astrônomos amadores. Ela se encontra a aproximadamente 1350 anos-luz (412 pc). Defini-se 1 Ano-luz como a distância que a luz é capaz viajar durante um ano no vácuo, sabendo que a velocidade da luz no vácuo é aproximadamente 300.000 Km/s. Já o Parsec é definido como a distância para a qual um objeto celeste teria uma parlaxe de um segundo de arco. Estas uniades de medida de distância são amplamente empregadas na Astronomia.
Além disso, a Nebulosa de Órion se estende por 12 anos-luz e possui uma temperatura de aproximadamente 10.000K perto do seu centro e muito menos do que isso próximo de sua borda exterior. Por ser umas das regiões com altas taxas de formação estelar em nossa galáxia, a região da nebulosa de Órion tem uma grande importância para a Astronomia.
Na direção da constelação de Órion, vemos uma gigantesca nuvem de gás interestelar em expanssão. De aocordo com estudos, esta núvem teria sido formada quando uma onda de densidade, relacionada à estrutura espiral da galáxia, movia-se pelo disco Galáctico.
Em 1928 Ira Sprague Bowen pesquisou sobre o problema das estranhas linhas presentes no espectro da nebulosa de Órion (Figura 2), que exibe linhas de emissão no comprimento de onda corespondente à cor verde. Este espectro não correspondia com o de nenhum elemento conhecido. O espectro mostrava que as linhas espectrais deviam ser emitidas por algum elemento de pouca massa atômica. Estudos posteriores ajudaram Bowen a demostrar que o espectro de linhas de emissão da nebulosa se origina devido à radiação que emitiam os átomos ionizados de oxigênio e nitrogênio ao passarem para níveis de menor energia.
Hoje em dia, vários telescópios em terra ou no espaço são capazes de captar a luz da Nebulosa de Õrion e de outras nebulosas em nossa galáxia ou galáxias vizinhas. Imagens e espectros nos ajudam a desvendar a constituição quĩmica, morfologia e a população estelar nestes fascinantes objetos.
Figura 2: Espectro original da nebulosa de Órion, semelhante ao que Bowen obteve e cujas linhas de emissão ele não podia inicialmente explicar.
Referências:
http://www.on.br/glossario/alfabeto/u/unidades_de_medida.html
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010130060116
http://atlas.zevallos.com.br/nebulae/m42.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Orion_Nebula
nedwww.ipac.caltech.edu
Na literatura especializada:
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