Galáxias são sistemas estrelares com independência gravitacional e que possuem remanescentes de estrelas, aglomerados e nebulosas. O espaço entre as os grupos de estrelas e é preenchido pelo meio interestelar de gás, poeira e matéria escura. Em meados do século XVIII não existia uma definição separad para nebulosas, galáxias e aglomerados, e todos estes diferentes objetos eram chamados apenas de nebulosas.
Em abril de 1920 houve um grande debate sobre a existência de outras galáxias além da nossa. A discussão foi entre Heber Curtis que defendeu a existência de outras galáxias e Harlow Shapley que acreditava que as manchas encontradas nas fotografias astronômicas eram apenas nebulosas dentro de nossa própria galáxia. Neste debate nenhum saiu vitorioso, mas isto foi importante para a comunidade científica se entusiasmar com o questionamento: "Será que existem outras galáxias além da Via láctea ? ".
Depois de três anos, a proposta de Curtis foi evidenciada como correta, quando Edwin Hubble provou que a "nebulosa" de Andrômeda na verdade é uma galáxia. Hubble percebeu que em Andrômeda há estrelas variáveis Cefeidas e o brilho destas se assemelhavam às Cefeidas de nossa galáxia. Assumindo então que as Cefeidas seguiam uma relação de período e luminosidade, Hubble foi capaz de calcular a distância que Andrômeda está de nós, obtendo o valor de um milhão de anos luz, atualmente sabemos que na verdade é 2,2 milhões de anos luz. Sabe-se que a nossa galáxia tem apenas 100 mil anos luz de diâmetro e então percebe-se que esta distância de Andrômeda ultrapassa os limites de nossa galáxia.
Do ponto de vista da Terra as galáxias apresentam formas definidas que se enquadram em elípticas ou espirais, e outras com formas indefinidas são conhecidas como irregulares, conforme a classificação de Hubble.
As galáxias em espirais têm um núcleo, um disco, um halo e braços espirais, conforme a figura 1. Este tipo de galáxia é subdivida em dois grupos: as espirais normais (S) e as barradas (SB). As barradas se diferem das normais, pois estas têm uma extensão do seu núcleo que se parece com uma barra atravessando o núcleo da galáxia.
Além da divisão, com barra ou sem, há outra subdivisão que é de acordo com o grau de desenvolvimento e enrolamento do braço: (a) núcleo maior e braços bem enrolados; (b) núcleo médio, braços médios e normais; (c) núcleo menor, braços grandes e muito abertos. Para melhor entendimento verique a figura 1.
Existem na categoria discoidal também a galáxia lenticular (S0) ou (SB0) que é uma galáxia que só contem núcleo, disco e halo, mas não tem traços de uma galáxia espiral.
As galáxias elípticas (E) têm núcleo e halo, assim como as lenticulares, mas estas não possuem o disco. Veja na figura 1.
Estas galáxias têm um grau de achatamento para a sua classificação aparente, não da sua verdadeira forma. Este grau de achatamento vai na frente de sua abreviação (En) e é determinado por uma simples expressão:
n= 10*(1-b/a)
Em que “a” é o diâmetro aparente maior, “b” é o diâmetro aparente menor e “n” é o grau de achatamento.
Esta classifcação vai de E0 até E7, e quanto maior o "n" mais achatada ela será. Frisando que nem galáxia elípitica E7 é tão achatada quanto uma galáxia espiral.
Esta classifcação vai de E0 até E7, e quanto maior o "n" mais achatada ela será. Frisando que nem galáxia elípitica E7 é tão achatada quanto uma galáxia espiral.
As galáxias irregulares não têm nenhum indício de simetria circular ou rotacional tendo uma aparência desordenada, Conforme a figura 1. Normalmente as galáxias irregulares são caóticas, pois têm uma atração gravitacional muito forte ou tiveram uma grande colisão como ocorreu na Pequena e na Grande Nuvens de Magalhães.
Figura 1: Classificação de Hubble para as galáxias.
Bibliografia : http://adsabs.harvard.edu/abs/2012amld.book....3F
http://astro.if.ufrgs.br/
Acadêmica: Jessica Santos
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