terça-feira, 5 de julho de 2016

O Curioso Curiosity



O Curiosity (curiosidade em português) é um jipe-robô que foi enviado ao planeta Marte pela agência espacial norte-americana (NASA). Transportado por uma sonda, ele partiu da Terra em 26 de novembro 2011 pousando só então no dia 6 de agosto de 2012, na Cratera de Gale.

Mas esse longo trajeto de 300 milhões de km não foi o que preocupou os cientistas da missão, mas sim o pouso no planeta. Para chegar na superfície de Marte o robô, que custou 2,5 bilhões de dólares ao longo de 10 anos, precisou vencer a sequência de pouso, uma complicada e delicada série de tarefas automáticas desde a atmosfera daquele planeta até o solo, durou “sete minutos de terror”, como classificaram os cientistas que ajudaram a colocar o robozinho no solo marciano.

O objetivo da missão é analisar o solo e as rochas de marte para revelar detalhes da geologia e biologia do planeta vermelho. Mais especificamente, o robô vai buscar, em rochas e outros minerais, sinais de que houve condições de vida nele, ou se há, com o intuito de planejar uma possível colonização humana no futuro. O aparelho é comparado a um “canivete suíço”, tendo um laboratório completo a bordo, detector de radiação, sistema de rejeição de calor, sistema de comunicação via rádio (as transmissões até a terra levam 14 min devido a distância).

Possui também 17 câmeras espalhadas pela sua fuselagem, possibilitando uma - visão de 360° e um “braço” que está equipado de uma broca, um pincel e uma pá para recolher materiais para a análise dos dados, que são passados aos cientistas aqui na Terra. É com um gerador termo-elétrico de radio-isótopos (um simples equipamento gerador de eletricidade que obtém a sua energia través do decaimento radioativo; pode ser considerado um tipo de bateria), equipado com uma "pilha nuclear" de plutônio 238 que tem até 10 anos de autonomia e conta com o que há de mais moderno em tecnologia.

Vamos descobrir o planeta vermelho?



Crédito: NASA


Mais detalhes sobre a missão podem ser vistos em:  




https://www.nasa.gov/mission_pages/msl/index.html





sexta-feira, 1 de julho de 2016

Evolução Estelar



A evolução estelar compreende os estágios que a estrela apresenta desde o seu nascimento até sua morte. Está dividida em 5 fases que podem variar dependendo da sua massa. Na primeira fase, a estrela ainda se encontra em formação nas nuvens moleculares (compostas basicamente por Hidrogênio (H) e Hélio (He)). Por variações no meio, como explosões de supernovas, esse gás sofre variações, contrai-se e adensa, formando glóbulos de gás frio. Esses glóbulos entram em colapso e dão origem as protoestrelas. A protoestrela, espécie de núcleo quente e denso, continua aumentando sua massa e a esquentar cada vez mais, atingindo uma temperatura por volta de 8 milhões Kelvins (K).

Nesse momento a protoestrela entra na segunda fase, passando a se chamar oficialmente de estrela e iniciando as reações termonucleares. Essa fase é conhecida como “sequencia principal”. A sequência principal só é atingida se a protoestrela tiver uma massa de no mínimo 10% a massa do sol, caso contrário, torna-se uma anã marrom. Durante esse período, que compreende a maior parte da sua vida, a estrela passa convertendo hidrogênio em Hélio, gerando energia térmica e luz.

A evolução de estrelas depende da sua massa inicial. Na figura três dos principais caminhos evolutivos. Crédito: http://pt.slideshare.net/fisicaboulanger/evoluo-estelar


Quando todo o hidrogênio do núcleo for convertido, a estrela entra na sua terceira fase. Se sua massa for igual a do sol, seu núcleo entra em colapso, esquenta e dá início à conversão do hidrogênio ao redor. Isso faz com que a estrela se expanda, aumentando várias vezes o seu tamanho original. Com isso, a camada mais externa esfria e adquire uma cor avermelhada, sendo chamada assim, de gigante vermelha.

No núcleo da gigante vermelha ocorre a conversão do hélio em carbono. Com a diminuição da atuação gravitacional sobre as camadas mais externas ocorre a liberação de material para o espaço. A estrela torna-se uma nebulosa planetária. Isso ocorrerá até que sobre apenas o carbono residual que não produzirá mais energia, tornando-se uma esfera inerte chama de anã branca.

Para as estrelas com massa superar a 8 vezes a do sol, seu núcleo colapsará violentamente em uma explosão de supernova. O que resta dessa explosão vai perdendo energia até se tornar uma estrela de nêutrons. Já as estrelas com massa superior a 25 vezes a do sol, a explosão de supernova resultará em um buraco negro. 


Referências:
http://astro.if.ufrgs.br/evol/node55.htm
http://www.if.ufrgs.br/fis02001/aulas/Aula20-122.pdf
http://www.astro.iag.usp.br/~carciofi/aulas_aga0210/aula9.pdf
http://pt.slideshare.net/fisicaboulanger/evoluo-estelar



Autora: Acadêmica Aline Rodrigues
Orientador: Professor João Rodrigo Leão


Mundos em Colisão


Por volta do Séc. XVIII, com a observação das estrelas, aprimorada pela invenção do telescópio, ocorreu a descoberta de algo que ia além da compreensão dos corpos celestes os quais já eram habituais. A presença de corpos difusos e extensos, estrelas sem forma definida, vistos durante os estudos feitos pelos astrônomos fomentou na criação de uma nova categoria, as nebulosas. Ainda que algumas fossem nuvens de poeira cósmica, haviam nesse meio algumas nebulosas espirais, essas que na realidade se tratavam de galáxias, tal como nossa Via Láctea ou a galáxia de Andrômeda. Anos após, o conhecimento de galáxias estava mais aprofundado. Seus tipos, tamanhos e suas interações foram conhecidas, havendo um fenômeno que merece uma certa atenção: A colisão de galáxias.

Diversas galáxias estão presentes em aglomerados no cosmo, podendo estar na contagem de centenas ou milhares, em distâncias relativamente próximas, sendo inviável pensar que uma interação não é capaz de ocorrer entre essas. Raramente são encontradas isoladas. Mesmo que não haja uma colisão propriamente dita, ainda há interação, pois graças à proximidade, a força da gravidade de duas galáxias que por acaso se aproximem é tanta que, durante o tempo que estão aproximadas, é capaz de haver distorção em seu formato, levando as duas a terem sua forma inicial dobrada. Somente sua interação é capaz de levar à origem de uma nova geração de diversas estrelas em galáxias cujo surgimento de novas já havia cessado.

Sistema de Galáxias da antena, fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble.

Apesar de se denominar “colisão” de galáxias, devido a uma liberação de energia bastante significativa, para Josh Barker, apresentador educacional do “National Space Centre”, o nome “fusão “ é mais apropriado para o ato. Para ele, a palavra colisão denota duas ou mais coisas sendo esmagadas uma com a outra, causando estragos intensos e uma se tornando uma grande bagunça, levando a crer que uma colisão entre duas galáxias seja uma ideia certamente excitante. Contudo, devido ao tamanho das galáxias e consequentemente de suas estrelas, esses corpos celestes imensos estão separados por uma distância considerável, sendo assim, “quando galáxias colidem nós certamente não veremos explosões dignas de Hollywood” afirma o educador. Isso acontece porque a intensa força gravitacional pode fazer com que duas galáxias fiquem ligadas gravitacionalmente após a colisão, levando à possível formação de uma única galáxia.






Referências


BARKER, Josh. What happens when two galaxies collide? Disponível em: <http://www.spaceanswers.com/deep-space/what-happens-when-two-galaxies-collide/>. Acesso em: 09 abr. 2016.



WOO, Marcus. As incríveis colisões que permitem estudar as galáxias mais antigas do Universo. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160210_vert_earth_galaxia_batida_fd>. Acesso em: 09 abr. 2016.


GALÁXIAS. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/galax/>. Acesso em: 09 abr. 2016.

WIKIPEDIA. Interacting galaxy. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Interacting_galaxy#Galaxy_collision>. Acesso em: 09 abr. 2016.

WIKIPEDIA. Nebulosa. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulosa>. Acesso em: 09 abr. 2016.


Autor: Acadêmico Lucas Carvalho
Orientador: Professor João Rodrigo Leão