Por
volta do Séc. XVIII, com a observação das estrelas, aprimorada
pela invenção do telescópio, ocorreu a descoberta de algo que ia
além da compreensão dos corpos celestes os quais já eram
habituais. A presença de corpos difusos e extensos, estrelas sem
forma definida, vistos durante os estudos feitos pelos astrônomos
fomentou na criação de uma nova categoria, as nebulosas. Ainda que
algumas fossem nuvens de poeira cósmica, haviam nesse meio algumas
nebulosas espirais, essas que na realidade se tratavam de galáxias,
tal como nossa Via Láctea ou a galáxia de Andrômeda. Anos após, o
conhecimento de galáxias estava mais aprofundado. Seus tipos,
tamanhos e suas interações foram conhecidas, havendo um fenômeno
que merece uma certa atenção: A colisão de galáxias.
Diversas
galáxias estão presentes em aglomerados no cosmo, podendo estar na
contagem de centenas ou milhares, em distâncias relativamente
próximas, sendo inviável pensar que uma interação não é capaz
de ocorrer entre essas. Raramente são encontradas isoladas. Mesmo
que não haja uma colisão propriamente dita, ainda há interação,
pois graças à proximidade, a força da gravidade de duas galáxias
que por acaso se aproximem é tanta que, durante o tempo que estão
aproximadas, é capaz de haver distorção em seu formato, levando as
duas a terem sua forma inicial dobrada. Somente sua interação é
capaz de levar à origem de uma nova geração de diversas estrelas
em galáxias cujo surgimento de novas já havia cessado.
Sistema de Galáxias da antena, fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble. |
Apesar
de se denominar “colisão” de galáxias, devido a uma liberação
de energia bastante significativa, para Josh Barker, apresentador
educacional do “National Space Centre”, o nome “fusão “ é
mais apropriado para o ato. Para ele, a palavra colisão denota duas
ou mais coisas sendo esmagadas uma com a outra, causando estragos
intensos e uma se tornando uma grande bagunça, levando a crer que
uma colisão entre duas galáxias seja uma ideia certamente
excitante. Contudo, devido ao tamanho das galáxias e
consequentemente de suas estrelas, esses corpos celestes imensos
estão separados por uma distância considerável, sendo assim,
“quando galáxias colidem nós certamente não veremos explosões
dignas de Hollywood” afirma o educador. Isso acontece porque a intensa força gravitacional pode fazer com que duas galáxias fiquem ligadas gravitacionalmente após a colisão, levando à possível formação de uma única galáxia.
Referências
BARKER, Josh. What happens when two galaxies collide? Disponível em: <http://www.spaceanswers.com/deep-space/what-happens-when-two-galaxies-collide/>. Acesso em: 09 abr. 2016.
WOO, Marcus. As incríveis colisões que permitem estudar as galáxias mais antigas do Universo. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160210_vert_earth_galaxia_batida_fd>. Acesso em: 09 abr. 2016.
GALÁXIAS. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/galax/>. Acesso em: 09 abr. 2016.
WIKIPEDIA. Interacting galaxy. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Interacting_galaxy#Galaxy_collision>. Acesso em: 09 abr. 2016.
WIKIPEDIA. Nebulosa. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulosa>. Acesso em: 09 abr. 2016.
Autor: Acadêmico Lucas Carvalho
Orientador: Professor João Rodrigo Leão
Autor: Acadêmico Lucas Carvalho
Orientador: Professor João Rodrigo Leão
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