sexta-feira, 1 de julho de 2016

Mundos em Colisão


Por volta do Séc. XVIII, com a observação das estrelas, aprimorada pela invenção do telescópio, ocorreu a descoberta de algo que ia além da compreensão dos corpos celestes os quais já eram habituais. A presença de corpos difusos e extensos, estrelas sem forma definida, vistos durante os estudos feitos pelos astrônomos fomentou na criação de uma nova categoria, as nebulosas. Ainda que algumas fossem nuvens de poeira cósmica, haviam nesse meio algumas nebulosas espirais, essas que na realidade se tratavam de galáxias, tal como nossa Via Láctea ou a galáxia de Andrômeda. Anos após, o conhecimento de galáxias estava mais aprofundado. Seus tipos, tamanhos e suas interações foram conhecidas, havendo um fenômeno que merece uma certa atenção: A colisão de galáxias.

Diversas galáxias estão presentes em aglomerados no cosmo, podendo estar na contagem de centenas ou milhares, em distâncias relativamente próximas, sendo inviável pensar que uma interação não é capaz de ocorrer entre essas. Raramente são encontradas isoladas. Mesmo que não haja uma colisão propriamente dita, ainda há interação, pois graças à proximidade, a força da gravidade de duas galáxias que por acaso se aproximem é tanta que, durante o tempo que estão aproximadas, é capaz de haver distorção em seu formato, levando as duas a terem sua forma inicial dobrada. Somente sua interação é capaz de levar à origem de uma nova geração de diversas estrelas em galáxias cujo surgimento de novas já havia cessado.

Sistema de Galáxias da antena, fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble.

Apesar de se denominar “colisão” de galáxias, devido a uma liberação de energia bastante significativa, para Josh Barker, apresentador educacional do “National Space Centre”, o nome “fusão “ é mais apropriado para o ato. Para ele, a palavra colisão denota duas ou mais coisas sendo esmagadas uma com a outra, causando estragos intensos e uma se tornando uma grande bagunça, levando a crer que uma colisão entre duas galáxias seja uma ideia certamente excitante. Contudo, devido ao tamanho das galáxias e consequentemente de suas estrelas, esses corpos celestes imensos estão separados por uma distância considerável, sendo assim, “quando galáxias colidem nós certamente não veremos explosões dignas de Hollywood” afirma o educador. Isso acontece porque a intensa força gravitacional pode fazer com que duas galáxias fiquem ligadas gravitacionalmente após a colisão, levando à possível formação de uma única galáxia.






Referências


BARKER, Josh. What happens when two galaxies collide? Disponível em: <http://www.spaceanswers.com/deep-space/what-happens-when-two-galaxies-collide/>. Acesso em: 09 abr. 2016.



WOO, Marcus. As incríveis colisões que permitem estudar as galáxias mais antigas do Universo. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160210_vert_earth_galaxia_batida_fd>. Acesso em: 09 abr. 2016.


GALÁXIAS. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/galax/>. Acesso em: 09 abr. 2016.

WIKIPEDIA. Interacting galaxy. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Interacting_galaxy#Galaxy_collision>. Acesso em: 09 abr. 2016.

WIKIPEDIA. Nebulosa. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulosa>. Acesso em: 09 abr. 2016.


Autor: Acadêmico Lucas Carvalho
Orientador: Professor João Rodrigo Leão





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